Publicado em 25 de setembro de 2025
Nesta semana, o mercado brasileiro de soja tem registrado uma queda nos preços internos, influenciada pela desvalorização do dólar e pela redução dos prêmios pagos aos produtores. No entanto, esses fatores coincidem com uma leve alta nas cotações da soja no mercado de Chicago, caracterizando uma sessão volátil e de ajustes no cenário global e doméstico. Esse quadro reflete também o impacto da suspensão de impostos na Argentina, que mexeu nas expectativas e movimentou as exportações regionais, trazendo atenção para o papel do Brasil nas vendas de soja à China. Além disso, eventos climáticos típicos da primavera têm afetado o andamento das atividades no campo, com previsões de chuvas para vários estados do país.
Os dados sobre o plantio no Sul do Brasil indicam uma área total estimada superior à da safra anterior, chegando a cerca de 5,8 milhões de hectares. Apesar da expressividade dos números, os produtores mantêm a cautela na condução dos trabalhos para garantir a produtividade. Paralelamente, avaliações recentes apontam que apesar da queda nas cotações internacionais da soja — atribuída às condições climáticas favoráveis nos Estados Unidos e aos elevados estoques na América do Sul —, o mercado doméstico se mantém firme, impulsionado pela valorização do dólar e pela tensão comercial entre os Estados Unidos e outros países.
Com a perspectiva de uma safra robusta, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revisou para cima as estimativas de produção brasileira, indicando que o país continua como um ator essencial no mercado global de soja, especialmente para a China, principal destino das exportações.
Assim, o cenário atual da soja no Brasil é de ajustes nos preços refletindo fatores externos e internos, aliado a uma produção em expansão que fortalece o país no comércio internacional. A dinâmica do dólar, políticas comerciais na América Latina e o clima são elementos-chave que continuarão a influenciar o desempenho do setor nos próximos meses.
